quinta-feira, 31 de março de 2011

HÁ ALGUÉM SÉRIO NO PS?



Finalmente, o PS livrou-se do cancro. Acaba de eleger um novo secretário-geral, que – julgo eu – será um homem idóneo e sério, com um passado impecável, pessoa bem formada, tida como incorruptível, estimada e respeitada no país e no estrangeiro, com competências realmente adquiridas em honradas fontes do saber, enfim, alguém decente e capaz (caso os portugueses voltassem a confiar no PS) de salvar o país do atoleiro financeiro, económico e moral onde o seu antecessor o meteu. Tratar-se-á, acima de tudo – e outra coisa seria impensável – de alguém sem qualquer responsabilidade na pavorosa situação que hoje vivemos, perfeitamente alheio ao turbilhão de irresponsabilidade, mentira, corrupção, amiguismo e desconcerto das contas públicas que caracterizaram a governação socialista nos últimos seis anos. (E parece que a dimensão do buraco arranjado por Sócrates e respectiva súcia ultrapassa os palpites dos mais pessimistas. Ou seja: a procissão ainda vai no adro).


Como consequência do desvairo criminoso do maior sacripanta que alguma vez governou este país, Portugal tem a pior taxa de crescimento económico dos últimos 90 anos, a maior taxa de desemprego dos últimos 80 anos, a maior dívida pública dos últimos 160 anos e a maior dívida externa dos últimos 120 anos. Ele – o improvável engenheiro – é o escárnio de toda a Europa e arredores – e, com ele, o país – tanto pela criminosa inconsistência das políticas adoptadas, como pela psicótica teimosia em negar a realidade. Em aldrabar, falando bom português. E a par do descalabro económico e financeiro, o país também se arruinou em todas as vertentes da sua natureza, especialmente no plano moral, fruto dos maus exemplos e dos múltiplos escândalos que envolveram altas figura do aparelho do Estado e da alta finança – o próprio primeiro-ministro, seus amigos do peito e gente da sua confiança – com a Justiça a dar à venda a função que ela não tem: a de não ver, em vez de cortar a direito. A esta infâmia se chegou, com a complacência dos altos patamares do aparelho judiciário. Foi o PS de Sócrates no seu imenso – e pútrido – esplendor.

Muito bem. Sócrates demitiu-se – ou criou as condições para justificar a fuga – vamos ter eleições, mas falta qualquer coisa. Os longos seis anos de governação socialista sujeitaram o país à demência de um homem a quem ninguém, em seu perfeito juízo, entregaria a chave da sua casa para lhe regar as plantas, mas a quem o triste e asnático povo português – que nem de porrada é farto – entregou as chaves do reino. Falta, em primeiro lugar, que governantes e deputados responsáveis por cataclismos como aquele que aí temos, sejam, de facto, impedidos de voltar a ter responsabilidades políticas. Já mostraram o que (não) valem. Em segundo lugar, deveriam ser criminalmente responsabilizados pelas suas malfeitorias, consciente e repetidamente cometidas. Milhões de portugueses estão a sofrer, há anos, as consequências de governações dolosas – e não é exagerado dizer que, por causa delas, muita gente perdeu a vida, e muita outra a irá perder antes do seu tempo.

Quanto a Passos Coelho, que já se imagina o novo primeiro-ministro de Portugal, seria bom que soubesse que não basta ter uma licenciatura insuspeita e ser honrado quanto baste. É fundamental, mas não é tudo. É preciso entender que foram as políticas seguidas que levaram ao buracão que aí está. Será pedir-lhe muito que pense noutras saídas?

Mas o que interessa é que o PS escolheu um novo secretário-geral. Deve ser alguém determinado a redimir o PS de anos e anos de crimes contra o povo português. Por momentos, pensei que iriam insistir em Sócrates. Se o fizessem, lá tinha eu que perguntar: mas não há ninguém sério no PS?

(João Carlos Pereira)


Crónica lida nas “Provocações” da Rádio Baía em 30/03/2011.

quarta-feira, 23 de março de 2011

OS HITLERZINHOS


Hitler sonhou conquistar o mundo e subordinar todos os povos à raça ariana. Considerava que o povo alemão tinha direito, como raça superior, ao espaço necessário à sua expansão territorial e, naturalmente, à apropriação dos recursos naturais necessários ao seu progresso e bem-estar. A conquista desse espaço – o Espaço Vital, na óptica e designação nazis – partia da premissa que toda a sociedade, em certo grau de desenvolvimento, devia conquistar os territórios onde as pessoas são menos desenvolvidas. Se bem pensou e disse, melhor o fez – ou tentou fazer. Deu no que deu. E convém não esquecer que Hitler chegou ao poder através de eleições democráticas, tanto quanto – ontem, como hoje – podem ser democráticas as eleições que levam às urnas turbas alienadas pela habilidade discursiva e as circunstâncias excepcionais de cada época. Goebbels fez escola.

Em 1933, já era claro que a Alemanha preparava a ocupação do seu Espaço Vital, ou seja, a conquista de territórios, a pilhagem de recursos naturais e a dominação de povos sob os ideais do nacional-socialismo. Objectivos e ideais que, diga-se a verdade, eram aplaudidos e compartilhados por grandes e diversificados extractos sociais nos países capitalistas, onde ser germanófilo, como então se dizia, não era assim coisa tão rara ou criticável.



Ao recordar estes factos, é impossível não se reparar no espantoso paralelismo entre os argumentos nazis e os que, desde há décadas, sem qualquer rebuço, são confessados pelos políticos norte-americanos, ao reivindicarem para si o direito de intervir em qualquer parte do mundo onde os seus «Interesses Vitais sejam postos em causa». Entre o Espaço Vital de Hitler e os Interesses Vitais dos EUA, as diferenças são puramente formais. No fundo, trata-se de subordinar os povos tidos como inferiores, aos interesses de um povo superior. É isto – e nada mais – que leva os arianos de hoje, com a sua corte europeia de lacaios mais ou menos mussolinianos, a agredir a Líbia. É o petróleo e o gás natural, e não Kadafi e os direitos humanos, que é para esse lado que Bush ou Obama, Sarkosi ou Merkel dormem melhor. Aliás, ainda há poucos meses Kadafi apertava a mão a Obama, almoçava com Sócrates e beijava Sarkosi. É claro, portanto, que a agressão à Líbia não visa resolver o conflito interno, mas que foi o conflito interno, bem cozinhado a partir do exterior, que serviu de pretexto ao assalto em curso às jazidas de petróleo e gás natural líbios. Aliás, ninguém ainda nos explicou como foi que, num regime opressor, como se diz ser o de Kadafi, os «manifestantes» – rapidamente promovidos a queridos e apaparicados «rebeldes» – disponham de armamento sofisticado que até inclui, pelo que nos foi dado ver, baterias anti-aéreas.

Os Interesses Vitais dos EUA são, como se percebe, tão criminosos quanto o era a ideia do Espaço Vital de Hitler. Espalham a morte e a destruição ao sabor da fúria saqueadora necessária à satisfação das exigências da economia estado-unidense. Mas enquanto os nazis assumiam claramente as suas causas, os «democratas» de hoje, cínica e cobardemente, fabricam os pretextos necessários a conferir uma aparente legalidade à rapina.

Aliás, é de um cinismo revoltante que seja em nome dos direitos humanos que países que têm mais pobres e desempregados, mais excluídos e esfomeados que toda a população da Líbia junta, corram a bombardear um país onde não se dorme debaixo das pontes ou nos túneis do Metro, não se vasculham os caixotes do lixo, como em Nova Yorque ou Paris, nem se morre por falta de assistência médica, como em Portugal ou nos EUA.

Já agora: será que as centenas de milhares de manifestantes contra Sócrates, que lutam em defesa dos seus direitos humanos – Trabalho, Pão Saúde, Educação – também o podem fazer de armas na mão?

Era justo.



(João Carlos Pereira)

Crónica lida nas “Provocações” da Rádio Baía em 23/03/2011.

quarta-feira, 16 de março de 2011

O GABIRU E O PAÍS À RASCA

O primeiro PEC destinou-se a reduzir o défice e a pôr em ordem as contas públicas. Já o segundo PEC só foi necessário para reduzir o défice e pôr em ordem as contas públicas. O terceiro PEC, por seu lado, visou exclusivamente a redução do défice e pôr as contas públicas em ordem. O Orçamento Geral do Estado para 2011, entretanto, face à situação do país, foi elaborado de forma a reduzir o défice e a controlar as contas públicas. O quarto PEC, agora anunciado – e como não podia deixar de ser – destina-se só a reduzir o défice e a pôr ordem nas contas públicas. Se nos próximos dias for necessário controlar as contas públicas e reduzir o défice, o país que durma descansado, pois o senhor primeiro-ministro e o seu abalizado ministro das Finanças estarão sempre à nossa disposição para fazerem o necessário até que o défice seja reduzido e as contas públicas metidas na devida ordem. Competência não lhes falta. Nem PEC´s.

No meio disto tudo, ficámos a saber, pela voz autorizada do presidente da República, que Portugal perdeu uma década, que as políticas públicas foram baseadas no instinto ou no voluntarismo, que muitos políticos só conhecem um país virtual e mediático, enfim, tudo espremido, vimos confirmado aquilo que quase todos suspeitavam – e muitos de nós já sabíamos: o governo socialista, do engenheiro Sócrates, é pior que um tsunami dos autênticos.

Entre tantas verdades, o presidente da República não referiu, por óbvia falta de tempo, algumas outras. Esqueceu-se de dizer que o país vem, desde os tempos de Mário Soares, a perder décadas atrás de décadas. E esqueceu-se de salientar que, enquanto foi primeiro-ministro, se entreteve a derreter os milhões de fundos europeus que entraram no país, alegadamente para o tornar mais competitivo, mas que não passaram de indemnizações compensatórias devidas por termos abdicado do essencial da nossa capacidade produtiva, sendo essa a razão do nosso colossal endividamento.

O presidente da república também se esqueceu de esclarecer o país de algo muito importante: a razão porque não dissolveu o parlamento há cerca de três anos, quando já era claro, até para o cidadão mais distraído ou obtuso,
que o país estava entregue a um gabiru encartado, e cuja permanência à frente do governo iria conduzir, fatalmente, ao descalabro actual. Terá sido por ter pensado – e decidido – em função de interesses pessoais e partidários, em vez de agir em defesa do interesse nacional? Fosse pelo que fosse, esta década perdida também lhe é imputável.

Quanto ao gabiru, bem podia informar-nos, entre um PEC e outro PEC – que, como sabemos, se destinam a reduzir o défice e a pôr em ordem as contas públicas – quem é que pôs as contas públicas na desordem em que estão. Ocorrem-me alguns nomes de pessoas e instituições. Aqui vão eles: Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso e um tal Pinto de Sousa, vulgarmente conhecido como Sócrates – ou seja, o gabiru. As instituições foram, essencialmente, duas: chamam-se PS e o PSD.

Porque tudo isto começa a ser de uma singular evidência, as vítimas do gabiru – e, principalmente, das opções políticas
dele e do bando de patifes que, disfarçados de democratas, deram com o país de pantanas – o povo dá mostras de querer acordar e de ter percebido que se não for ele a tratar da sua vida, ninguém mais o fará. A democracia enquistou-se, repartida em várias quintinhas, quintas e herdades, cada qual com seu feitor, e onde, melhor ou pior, cada um se vai safando.

O país – à rasca – começou a dizer que basta de fantochada. Eu estive lá – e gostei do que vi e ouvi. Dia 12, as ruas foram do Povo. O país há-de ser.



(João Carlos Pereira)


Crónica lida nas “Provocações” da Rádio Baía em 16/03/2011.

quarta-feira, 9 de março de 2011

UMA LIÇÃO DE POLÍTICA INTERNACIONAL


Para saber se um país vive em ditadura ou em democracia, é necessário, sempre, saber a opinião do governo dos EUA. Para saber se um país respeita – ou não – os direitos humanos, seja dos seus naturais, seja dos que lhe caírem nas mãos, é fundamental esperar que o governo dos EUA se pronuncie sobre o assunto. Para saber se um determinado país representa um perigo para a paz e para a segurança mundiais, basta aguardar que a Casa Branca emita o seu parecer.

Não me perguntem – e não perguntem a ninguém, porque ninguém sabe – quais os padrões, os métodos, os estudos ou as bases científicas que permitem ao governo dos EUA decidir sobre a qualidade da democracia – ou a ausência dela – num determinado país. Nesse aspecto, os desígnios dos EUA são tão insondáveis como os de Deus, nosso Senhor. E igualmente omnipotentes e omniscientes.

Se alguém já está a pensar que um governo é democrático se resultar de eleições democráticas, não vá por aí. O governo de Chávez resulta de eleições democráticas, mas é, para os EUA, uma atroz ditadura. Na Argélia, aqui há uns anos, a FIS ganhou as eleições por larga margem. Não valeram. Na Arábia Saudita não há eleições, o rei lá do sítio quer, pode e manda, as mulheres não têm palavra na matéria, mas jamais ouvimos os EUA chamar àquele país uma monarquia absolutista. Pelo menos, enquanto houver lá petróleo.

Veja-se o caso da Líbia. Não há fome, não há mendigos nos vãos de escada, não há listas de esperas nos hospitais, os índices de desenvolvimento humano são elevados, a esperança de vida atinge os 76 anos, a mortalidade infantil é das mais baixas do continente, mas os direitos humanos, por lá, andam pelas ruas da amargura.

Mas olhe-se para os próprios EUA. Há, segundo as estatísticas, mais de 30 milhões de norte-americanos a viver abaixo dos índices oficiais de pobreza, ou seja na mais democrática miséria. Para enganar a fome, milhões deles recorrem a comida para animais. O direito humano de acesso a cuidados de saúde, independente da condição social ou económica, nem com a iniciativa de Obama – que lhe custou a maioria no Congresso – passou a ser um direito respeitado. É possível um presidente ser eleito com menos votos que o seu opositor. Mas a liberdade é tal, que a prostituição, a droga, o crime organizado e a violência prosperaram tanto, que já se transformaram em verdadeiros ex-libris da sociedade norte-americana.

Os EUA são, assim, o pai e a mãe da democracia e guardiões universais dos direitos humanos. E a tal ponto o são, que exportam a democracia e os valores humanistas de muitas e variadas formas: ou generosa e desinteressadamente, como aconteceu no Chile, com a oferta a Augusto Pinochet de uma democracia novinha em folha; ou de forma mais directa e expedita, como se tentou no Vietname, mas conseguiu nos Balcãs, no Panamá ou no Afeganistão. Exemplo mais recente: o Iraque de Saddam foi, durante anos, um modelo de país democrático e respeitador dos direitos humanos, de tal modo que mereceu o forte apoio dos EUA quando da guerra com o Irão. Depois, porque são, como já vimos, insondáveis os desígnios da Casa Branca, o mesmo Iraque, do mesmíssimo Saddam, passou a ser uma terrível ditadura e um perigo para segurança e a paz no mundo. Hoje, é um próspero e democrático monte de ruínas, governado por impolutos democratas made in USA.
O mesmo radioso futuro que está a ser preparado para a Líbia.

Onde, por acaso, também há petróleo com fartura.

(João Carlos Pereira)

Crónica lida nas “Provocações” da Rádio Baía em 09/03/2011.

quarta-feira, 2 de março de 2011

A RISOTA OBSCENA DE SÓCRATES

Passei, sem querer, por um canal que estava a transmitir o debate na Assembleia da República, com a presença do senhor engenheiro. Aliás, era mesmo o senhor engenheiro que usava da palavra, dirigindo-se a uma deputada. Todo gingão, com o seu permanente ar de chico esperto, riso de truão emproado, próprio de quem está muito satisfeito pelo facto de ter nascido, lá retorquia qualquer coisa sobre uma fotografia sua. Não quis ouvir mais. Fugi dali. Fui purificar-me no National Geographic, entre bichos vários, mas todos muito superiores à fauna infame que frequenta S. Bento. Ouvido um ou dois debates, estão ouvidos todos. Dá vómitos.

Tenho dito – e não me canso de repetir: os debates na AR são uma orgia obscena. Há mais decoro em qualquer casa dita de má fama. E há mais dignidade no abrir de pernas de uma rameira, que no abrir da boca dos ilustres deputados ou governantes, quando repr
esentam as suas rábulas no hemiciclo. A rameira não engana ninguém, e o que recebe é por ter vendido o que é seu. Os deputados e os governantes enganam 10 milhões de pessoas, que os elegeram – e até lhes pagam bem – para que resolvam os problemas nacionais. Em vez disso, suas excelências ocuparam mais de três décadas a arruinar o país e a espalhar a miséria entre a população. Mentira?

No entanto, chamam àquilo a Casa da Democracia. Talvez seja porque, com democracia e democratas destes, dispensam-se as ditaduras e os respectivos ditadores. Na realidade, o país esvai-se, mas o senhor engenheiro ri-se e aproveita para fazer chacota. Nas diversas bancadas, a galhofa é uma forma de estar e de intervir. O povo português só está ali porque paga o regabofe e porque é para ele – para o iludir – que os senhores deputados e membros do governo representam os seus ignóbeis papéis. No resto, se o Parlamento representa alguém – se trabalha para alguém – é para aqueles que, nos últimos 36 anos, abocanharam a banca, os seguros, as grandes empresas de telecomunicações e de energia, as minas, os transportes e, de uma maneira geral, todos os sectores chaves da nossa economia. Esses enriqueceram. O país e o povo esvaíram-se. Mentira?

Mas Sócrates vai ao Parlamento e ri-se muito. Goza à esquerda e à direita, como histrião arrogante e impostor que é. A fome e o desemprego que por aí alastram, não são – nem por sombras – da sua responsabilidade. Por isso, zomba e chuta para canto. Idosos morrem abandonados – houve quem assassinasse a companheira e se suicidasse de seguida, porque foi a única saída que a desumanidade das políticas socialistas lhe deixou – mas o que lhe interessa é o espectáculo e a chacota. Os idosos são uma coisa, o défice é outra e ele, Sócrates, outra completamente diferente.

Os doentes mentais crónicos passam a pagar fortunas pelos medicamentos que vão tomar toda a vida, o que vai levar ao agravamento da sua doença e a desfechos trágicos? É para o lado que ele dorme melhor. Continua a rir, feliz da vida, e a sacudir a água do capote. De norte a sul do país fecham-se serviços de saúde, reduzem-se meios de socorro e limita-se o acesso a cuidados médicos e medicamentosos? Mas o que o preocupa é estar naquela tribuna, bem vestido e engravatado, a meter a oposição no chinelo da sua prosápia e charlatanice, virgem de qualquer culpa na calamidade social e económica que devasta o país e esfola a maioria dos portugueses.

O senhor engenheiro ri-se, indiferente à desgraça que por aí vai – e àquelas que aí vêm. Os senhores deputados, na sua esmagadora maioria acolitam o desempenho.

O país morre. O povo agoniza. O Parlamento finge que o é. E Sócrates, obscenamente, vai-se rindo. Vai-se rindo. Vai-se rindo.


(João Carlos Pereira)


Crónica lida nas “Provocações” da Rádio Baía em 02/03/2011.