

No meio disto tudo, ficámos a saber, pela voz autorizada do presidente da República, que Portugal perdeu uma década, que as políticas públicas foram baseadas no instinto ou no voluntarismo, que muitos políticos só conhecem um país virtual e mediático, enfim, tudo espremido, vimos confirmado aquilo que quase todos suspeitavam – e muitos de nós já sabíamos: o governo socialista, do engenheiro Sócrates, é pior que um tsunami dos autênticos.
Entre tantas verdades, o presidente da República não referiu, por óbvia falta de tempo, algumas outras. Esqueceu-se de dizer que o país vem, desde os tempos de Mário Soares, a perder décadas atrás de décadas. E esqueceu-se de salientar que, enquanto foi primeiro-ministro, se entreteve a derreter os milhões de fundos europeus que entraram no país, alegadamente para o tornar mais competitivo, mas que não passaram de indemnizações compensatórias devidas por termos abdicado do essencial da nossa capacidade produtiva, sendo essa a razão do nosso colossal endividamento.
O presidente da república também se esqueceu de esclarecer o país de algo muito importante: a razão porque não dissolveu o parlamento há cerca de três anos, quando já era claro, até para o cidadão mais distraído ou obtuso,

Quanto ao gabiru, bem podia informar-nos, entre um PEC e outro PEC – que, como sabemos, se destinam a reduzir o défice e a pôr em ordem as contas públicas – quem é que pôs as contas públicas na desordem em que estão. Ocorrem-me alguns nomes de pessoas e instituições. Aqui vão eles: Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso e um tal Pinto de Sousa, vulgarmente conhecido como Sócrates – ou seja, o gabiru. As instituições foram, essencialmente, duas: chamam-se PS e o PSD.
Porque tudo isto começa a ser de uma singular evidência, as vítimas do gabiru – e, principalmente, das opções políticas

O país – à rasca – começou a dizer que basta de fantochada. Eu estive lá – e gostei do que vi e ouvi. Dia 12, as ruas foram do Povo. O país há-de ser.
1 comentário:
Estimado João Carlos
Concordo em absoluto.
Infelizmente o País esta cheio de gabirus por ai a solta nas mais variadas instituições.
Não vejo grande saida para os portugas que não seja entregar as chaves ao FMI e fechar a porta...
Com estes gabirus ninguém se safa!!!
Saudações amigas
Abraço
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