O primeiro PEC destinou-se a reduzir o défice e a pôr em ordem as contas públicas. Já o segundo PEC só foi necessário para reduzir o défice e pôr em ordem as contas públicas. O terceiro PEC, por seu lado, visou exclusivamente a redução do défice e pôr as contas públicas em ordem. O Orçamento Geral do Estado para 2011, entretanto, face à situação do país, foi elaborado de forma a reduzir o défice e a controlar as contas públicas. O quarto PEC, agora anunciado – e como não podia deixar de ser – destina-se só a reduzir o défice e a pôr ordem nas contas públicas. Se nos próximos dias for necessário controlar as contas públicas e reduzir o défice, o país que durma descansado, pois o senhor primeiro-ministro e o seu abalizado ministro das Finanças estarão sempre à nossa disposição para fazerem o necessário até que o défice seja reduzido e as contas públicas metidas na devida ordem. Competência não lhes falta. Nem PEC´s.
No meio disto tudo, ficámos a saber, pela voz autorizada do presidente da República, que Portugal perdeu uma década, que as políticas públicas foram baseadas no instinto ou no voluntarismo, que muitos políticos só conhecem um país virtual e mediático, enfim, tudo espremido, vimos confirmado aquilo que quase todos suspeitavam – e muitos de nós já sabíamos: o governo socialista, do engenheiro Sócrates, é pior que um tsunami dos autênticos.
Entre tantas verdades, o presidente da República não referiu, por óbvia falta de tempo, algumas outras. Esqueceu-se de dizer que o país vem, desde os tempos de Mário Soares, a perder décadas atrás de décadas. E esqueceu-se de salientar que, enquanto foi primeiro-ministro, se entreteve a derreter os milhões de fundos europeus que entraram no país, alegadamente para o tornar mais competitivo, mas que não passaram de indemnizações compensatórias devidas por termos abdicado do essencial da nossa capacidade produtiva, sendo essa a razão do nosso colossal endividamento.
O presidente da república também se esqueceu de esclarecer o país de algo muito importante: a razão porque não dissolveu o parlamento há cerca de três anos, quando já era claro, até para o cidadão mais distraído ou obtuso, que o país estava entregue a um gabiru encartado, e cuja permanência à frente do governo iria conduzir, fatalmente, ao descalabro actual. Terá sido por ter pensado – e decidido – em função de interesses pessoais e partidários, em vez de agir em defesa do interesse nacional? Fosse pelo que fosse, esta década perdida também lhe é imputável.
Quanto ao gabiru, bem podia informar-nos, entre um PEC e outro PEC – que, como sabemos, se destinam a reduzir o défice e a pôr em ordem as contas públicas – quem é que pôs as contas públicas na desordem em que estão. Ocorrem-me alguns nomes de pessoas e instituições. Aqui vão eles: Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso e um tal Pinto de Sousa, vulgarmente conhecido como Sócrates – ou seja, o gabiru. As instituições foram, essencialmente, duas: chamam-se PS e o PSD.
Porque tudo isto começa a ser de uma singular evidência, as vítimas do gabiru – e, principalmente, das opções políticas dele e do bando de patifes que, disfarçados de democratas, deram com o país de pantanas – o povo dá mostras de querer acordar e de ter percebido que se não for ele a tratar da sua vida, ninguém mais o fará. A democracia enquistou-se, repartida em várias quintinhas, quintas e herdades, cada qual com seu feitor, e onde, melhor ou pior, cada um se vai safando.
O país – à rasca – começou a dizer que basta de fantochada. Eu estive lá – e gostei do que vi e ouvi. Dia 12, as ruas foram do Povo. O país há-de ser.
No meio disto tudo, ficámos a saber, pela voz autorizada do presidente da República, que Portugal perdeu uma década, que as políticas públicas foram baseadas no instinto ou no voluntarismo, que muitos políticos só conhecem um país virtual e mediático, enfim, tudo espremido, vimos confirmado aquilo que quase todos suspeitavam – e muitos de nós já sabíamos: o governo socialista, do engenheiro Sócrates, é pior que um tsunami dos autênticos.
Entre tantas verdades, o presidente da República não referiu, por óbvia falta de tempo, algumas outras. Esqueceu-se de dizer que o país vem, desde os tempos de Mário Soares, a perder décadas atrás de décadas. E esqueceu-se de salientar que, enquanto foi primeiro-ministro, se entreteve a derreter os milhões de fundos europeus que entraram no país, alegadamente para o tornar mais competitivo, mas que não passaram de indemnizações compensatórias devidas por termos abdicado do essencial da nossa capacidade produtiva, sendo essa a razão do nosso colossal endividamento.
O presidente da república também se esqueceu de esclarecer o país de algo muito importante: a razão porque não dissolveu o parlamento há cerca de três anos, quando já era claro, até para o cidadão mais distraído ou obtuso, que o país estava entregue a um gabiru encartado, e cuja permanência à frente do governo iria conduzir, fatalmente, ao descalabro actual. Terá sido por ter pensado – e decidido – em função de interesses pessoais e partidários, em vez de agir em defesa do interesse nacional? Fosse pelo que fosse, esta década perdida também lhe é imputável.
Quanto ao gabiru, bem podia informar-nos, entre um PEC e outro PEC – que, como sabemos, se destinam a reduzir o défice e a pôr em ordem as contas públicas – quem é que pôs as contas públicas na desordem em que estão. Ocorrem-me alguns nomes de pessoas e instituições. Aqui vão eles: Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso e um tal Pinto de Sousa, vulgarmente conhecido como Sócrates – ou seja, o gabiru. As instituições foram, essencialmente, duas: chamam-se PS e o PSD.
Porque tudo isto começa a ser de uma singular evidência, as vítimas do gabiru – e, principalmente, das opções políticas dele e do bando de patifes que, disfarçados de democratas, deram com o país de pantanas – o povo dá mostras de querer acordar e de ter percebido que se não for ele a tratar da sua vida, ninguém mais o fará. A democracia enquistou-se, repartida em várias quintinhas, quintas e herdades, cada qual com seu feitor, e onde, melhor ou pior, cada um se vai safando.
O país – à rasca – começou a dizer que basta de fantochada. Eu estive lá – e gostei do que vi e ouvi. Dia 12, as ruas foram do Povo. O país há-de ser.
1 comentário:
Estimado João Carlos
Concordo em absoluto.
Infelizmente o País esta cheio de gabirus por ai a solta nas mais variadas instituições.
Não vejo grande saida para os portugas que não seja entregar as chaves ao FMI e fechar a porta...
Com estes gabirus ninguém se safa!!!
Saudações amigas
Abraço
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