
Venderam ao desbarato a Siderurgia Nacional, arrasaram os estaleiros navais, arruinaram a indústria vidreira, desmantelaram a metalomecânica pesada e os têxteis.
Sabotaram as grandes empresas públicas para justificar a sua entrega ao sector privado – leia-se: aos grandes grupos económicos.
Ao fazê-lo, sacrificaram as nossas vidas aos interesses do lucro dos déspotas do capital financeiro mas, em contrapartida, foram compensados com tachos milionários nos conselhos de administração das empresas assim beneficiadas.
Hoje, a satisfação de quase todas as nossas necessidades básicas depende do quanto pudermos pagar aos senhores que, ao pre

Ao longo de 35 dolorosos anos, o Serviço Nacional de Saúde foi sendo cientificamente estrangulado, para abrir espaço aos privados. Exemplo disso, é o vergonhoso estado a que chegou a maternidade Alfredo da Costa, onde os utentes são solicitados a contribuir com qualquer coisinha, pois fraldas, leite e medicamentos não chegam para as encomendas. O sistema público de educação sofreu ataques furiosos, enquanto os privados prosperam.
A privatização dos cemitérios já veio à baila. As empresas público-privadas custam balúrdios ao Estado, mas fazem as delícias dos administradores e respectivos séquitos.
A ÚLTIMA FRONTEIRA DESTA FÚRIA DEVORADORA É A ÁGUA.
Aquilo que os reis – até os mais tiranos – cuidavam que não faltasse ao povo, espalhando c

Durante 35 anos eles atascaram o aparelho do Estado com – e a expressão é de D. Manuel Martins, antigo Bispo de Setúbal – os amigos, os parentes, os amigos dos parentes e os parentes dos amigos – e quando a gamela já não chegava para tanto bácoro, inventaram os institutos, as fundações e as empresas públicas, onde deram assento de luxo a um infinito bando de amigalhaços.
Paralelamente, criaram esquemas de financiamento partidário, com base na adjudicação de obras e fornecimentos públicos, onde parte importante dos custos é encaminhado para o partido no poder – seja a nível central, seja a nível local – ficando sempre parte importante da verba no bolso do fiel intermediário.
Chegámos ao que hoje sabemos. Diziam que as suas políticas eram a receita para salvar o país. Aí está o resultado: um abismo.
Quando é que esta gente responde pelos seus crimes?

Crónica lida nas “Provocações” da Rádio Baía em 18/05/2011.
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