quarta-feira, 11 de maio de 2011

PRENDÊ-LOS? ERA POUCO…

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Se os argumentos de Catroga para levar Sócrates a tribunal fossem aplicados à letra – e eu acho que sim – então Catroga também deve fazer parte da lista. Catroga e Soares, Cavaco e Guterres, Durão e Manuela, Cadilhe e Beleza, Portas, Bagão, Constâncio (como ceguinho-mor agarrado à teta do banco de Portugal) e todos quanto passaram pelos governos do PS e PSD, com as muletas dos CDS e PPM.

Claro que o PS, com 18,6 anos de governação, e o PSD, com 15,5 anos de governação, são as organizações criminosas com mais responsabilidades nos crimes de lesa-pátria que agora percebemos terem sido cometidos. É julgá-los, sem dúvida, e sem qualquer espécie de atenuantes.

Como réus maiores, inquestionavelmente, Sócrates e o PS. Pela dimensão e gravidade dos crimes, pela sua contumácia, pelo número de vítimas causado e, no que a Sócrates respeita, pela forma dolosa como foram cometidos, nitidamente consciente dos males que causava, o que se prova pela forma como pretendeu, constantemente, negá-los, dissimulá-los e atribuir a terceiros a sua autoria. Ele é, sem dúvida, o mais perigoso dos criminosos a levar a julgamento. Provas? Ei-las:

Anos de Poder
PS: 18,6 - PSD – 15,5

Dívida pública contraída
PS: 113,7 mil milhões - PSD 55 mil milhões

Neste imenso buraco, qual a responsabilidade de Sócrates?
Anos de poder: 6
Dívida Pública contraída: 83 mil milhões


(quase tanto como os outros governos todos juntos!)

Na dívida pública contraída pelo PS, nos seus 18,6 anos de poder, que totaliza 113,7 mil milhões de euros, Sócrates, em apenas 6 anos, é responsável por 83 mil milhões. Isto é: em menos de 1/3 do tempo em que o PS, por infelicidade nossa, esteve no poder, Sócrates cometeu a proeza de ser o autor de quase 74% da dívida contraída pelo bando do Largo do Rato.

Em 37 anos de (digamos) democracia, o PS governou mais de 18, e o PSD mais de 15. Endividaram o país em quase 170 mil milhões de euros, esbanjaram fundos comunitários, arrasaram a economia, venderam o aparelho produtivo ao estrangeiro, encheram o aparelho do estado de parasitas com os seus cartões partidários, decretaram para a corja governante bons salários e reformas rápidas, para além de acesso a muitos e generosos tachos, abriram o buraco das contas públicas – que iam tapando com novos e sempre mais caros empréstimos – e apresentam-se agora como os grandes salvadores da Pátria.

Sócrates – de entre todos o maior responsável pela desgraça a que chegámos – ainda anda por aí como se nada fosse com ele. E parece que este povo, desgraçado e obtuso, ainda não percebeu em que buraco está metido. A que gente está entregue.

Portugal não é um país: é uma pocilga.




(João Carlos Pereira)


Crónica lida nas “Provocações” da Rádio Baía em 11/05/2011.

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