Milhões de pessoas levantam-se todos os dias para se apresentarem nos seus postos de trabalho e fazerem aquilo que as suas entidades patronais – ou os seus dirigentes – lhes dão para fazer. Esses milhões de pessoas pagam os seus impostos pontualmente, que são aqueles que os governantes estabeleceram como necessários para que possam garantir aos contribuintes um sistema de Saúde minimamente eficaz, a aplicação da Justiça, a Segurança das pessoas e do Estado, o Educação e o Ensino, a protecção na velhice e na doença – a Segurança Social – as vias de comunicação e todas as super e infra-estruturas necessárias ao desenvolvimento nacional.
Um dia, esses milhões de pessoas são informadas que, apesar de terem cumprido a sua parte, nada é como devia ser. Por isso, aumentam-se os impostos, reduzem-se os ordenados, aumenta-se o horário laboral, e é-se forçado a pagar – e cada vez mais – por aquilo que devia estar pago pelos impostos cobrados. Nessa altura, fica-se também a saber que, apesar de termos pago, ao longo de muitos anos, as nossas reformas futuras, poderá não haver dinheiro para as garantir, porque os senhores governantes se entretiveram a delapidar esse património através de sucessivas manobras de tapa buracos. A última habilidade, que demonstra bem o estofo destes tartufos, consistiu em ir buscar à banca o fundo de pensões dos bancários e dar-lhes sumiço enquanto o diabo esfregava um olho. E tanto a Troika como Bruxelas, que tanto rigor fingem exigir nas contas públicas, deixam passar a moscambilha, como se esta falsa receita extraordinária (um roubo a milhares de bancários) não viesse a ter encargos futuros.
De surpresa em surpresa, percebe-se que nos andámos a endividar décadas a fio, e que agora é necessário endividarmo-nos ainda mais – e em piores condições – para fazer face às despesas correntes. Mas a surpresa maior é que ninguém percebe que o dinheiro que nos emprestam saiu do Banco de Portugal para o FMI, tal como foi o nosso dinheiro que encheu os cofres do Banco Central Europeu (BCE). E parece, também, que ninguém sabe que o BCE não empresta esse «nosso dinheiro» ao Estado Português, mas a juros baixos à banca privada, para que, com juros altíssimos, ganhem fortunas com dinheiro que não é deles.
Fortunas que nós pagamos com menos Saúde, menos Educação, menos Segurança, menos Justiça, menos Segurança Social.
Menos VIDA!
Um dia, esses milhões de pessoas são informadas que, apesar de terem cumprido a sua parte, nada é como devia ser. Por isso, aumentam-se os impostos, reduzem-se os ordenados, aumenta-se o horário laboral, e é-se forçado a pagar – e cada vez mais – por aquilo que devia estar pago pelos impostos cobrados. Nessa altura, fica-se também a saber que, apesar de termos pago, ao longo de muitos anos, as nossas reformas futuras, poderá não haver dinheiro para as garantir, porque os senhores governantes se entretiveram a delapidar esse património através de sucessivas manobras de tapa buracos. A última habilidade, que demonstra bem o estofo destes tartufos, consistiu em ir buscar à banca o fundo de pensões dos bancários e dar-lhes sumiço enquanto o diabo esfregava um olho. E tanto a Troika como Bruxelas, que tanto rigor fingem exigir nas contas públicas, deixam passar a moscambilha, como se esta falsa receita extraordinária (um roubo a milhares de bancários) não viesse a ter encargos futuros.
De surpresa em surpresa, percebe-se que nos andámos a endividar décadas a fio, e que agora é necessário endividarmo-nos ainda mais – e em piores condições – para fazer face às despesas correntes. Mas a surpresa maior é que ninguém percebe que o dinheiro que nos emprestam saiu do Banco de Portugal para o FMI, tal como foi o nosso dinheiro que encheu os cofres do Banco Central Europeu (BCE). E parece, também, que ninguém sabe que o BCE não empresta esse «nosso dinheiro» ao Estado Português, mas a juros baixos à banca privada, para que, com juros altíssimos, ganhem fortunas com dinheiro que não é deles.
Fortunas que nós pagamos com menos Saúde, menos Educação, menos Segurança, menos Justiça, menos Segurança Social.
Menos VIDA!
(João Carlos Pereira)
Crónica lida nas “Provocações” da Rádio Baía em 04/01/2012.
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